O Esterno e o Efêmero

Hey ladies, Tarsis aqui! Esses dias estávamos refletindo sobre alguns temas ligados à infância, compras, etc. e nos lembramos de um evento que aconteceu em 2015…

Um sábado ensolarado na Vila Madalena. A manhã estava repleta de cores vibrantes e o som dos risos em meio à música ecoava pelo ar. No meio dessa sinfonia de vida, um pequeno visitante capturou minha atenção.

Seus olhos brilharam quando ele viu entre os produtos que levamos, um cachorrinho de pano, salsicha e verde água. Com um gesto de ternura, ele apertou o cachorrinho contra o peito, um toque suave que parecia unir sonho e realidade. Seus olhos se voltaram para a mãe, cheios de expectativa, aguardando que aquele pequeno sonho se tornasse palpável.

A mãe, segurando uma sacola de papel que exalava o cheiro de coisa nova, continha uma pulseira que custara R$45,00. Com um sorriso terno, ela prometeu: “A mamãe vai trabalhar mais um pouquinho e depois volta para comprar para você.” Palavras ditas com amor, mas com a incerteza de um futuro retorno.

Enquanto se afastavam, a cena se desfez, como areia escorregando pelos dedos. O menino, com olhos marejados de esperanças não realizadas, e a promessa que não seria cumprida.

R$52,00 – o preço de uma pizza que poderia ser economizado. Mas hoje, quase aos quatorze anos, os quatro anos daquele garoto são irrecuperáveis. E assim, nos perguntamos: onde estão as memórias que poderiam ter sido?

Entre o efêmero de uma compra e o eterno da infância, nossas escolhas moldam legados de lembranças. Pois o tempo, esse sim, jamais retorna.

Que cada decisão seja uma semente de memórias eternas, e que cultivemos a infância, como ela deve ser.

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